Eleito pela UNESCO como Património Mundial é o mais importante monumento do gótico português. A sua construção inicou-se em 1388 e prolongou-se por quase 80 anos.
Mestre Afonso Domingues traçou o primeiro plano: Igreja, Claustro, a Sala do Capítulo, as oficinas e as dependências conventuais inserindo a arquitectura no modelo seguido pelas ordens mendicantes (franciscanos e dominicanos). Possui planta em cruz latina, de três naves e cabeceira com capela-mor e quatro colaterais. De referir as abóbadas, da Capela do Fundador, e o Panteão de D. Duarte (Capelas Imperfeitas) com decoração do gótico flamejante.
A Abadia de Santa Maria de Alcobaça, fundada em 1178 pela Ordem de Cister, é igualmente Património Mundial. A nave central da Igreja impressiona o visitante com a profundidade e a altura das abóbadas de ogivas. Nas capelas laterais do transepto encontram-se os túmulos de D. Pedro I e de D. Inês de Castro, magníficas edificações de escultura tumulária medieval.
O Claustro, obra do reinado de D. Dinis foge à decoração austera, e no piso superior obra do reinado de D. Manuel possui arcos abatidos e capitéis com representações humanas e vegetalistas. As dependências do convento situam-se em redor do Claustro: a Sala do Capítulo, a Sala dos Monges, a cozinha do século XVIII e o Refeitório. Ricos painéis de azulejo podem ser vistos na Sala dos Reis, bem como estátuas de barro de monarcas portugueses.
Em Alcobaça, a quatro quilómetros da localidade de Maiorga, encontra-se o Convento de Cós, antiga granja do Mosteiro de Alcobaça, datado do séc. XIII.
Reúne um notável conjunto de criações artísticas, desde o corpo da igreja e o coro cobertos por um tecto de caixotões pintados, formando uma ampla abóbada de berço de tons escuros, que contrasta com o azul brilhante das paredes forradas de azulejos do fim do séc. XVII, um cadeiral de embutidos, altares em talha com imagens e pinturas.
O Castelo de Leiria, foi palco de alguns dos acontecimentos marcantes da história portuguesa. O início da sua construção data do século XII e, durante a sua edificação, o Castelo atravessou vários reinados, tendo sofrido a intervenção de diferentes reis.
Após as diversas batalhas porque passou, desde as lutas com os muçulmanos até às invasões francesas, o monumento ficou parcialmente destruído. Uma visita a este Castelo é como embrenhar no passado histórico de Portugal, uma viagem ajudada pela Torre de Menagem, que recentemente foi transformada em núcleo museológico.
É formado por três torres, tendo no centro um terreiro com uma enorme cisterna ogival, alimentada por uma fonte de água. Do lado sul encontra-se o Paço do Conde D. Afonso, que deu a esta estrutura militar, uma vertente palaciana.
Do lado norte do Castelo está o amplo Terreiro de S. Tiago, que no seu centro tem a estátua de D. Nuno Álvares Pereira. No lado sul, voltado para o Castelo, eleva-se o Paço do Conde D. Afonso, seguido de dois imponentes torreões. Tanto o Paço como os torreões, são testemunhos de uma arquitectura invulgar, de inspiração veneziana, que une a função palaciana e militar.
O Castelo de Porto de Mós, avista-se ao longe pelas suas torres, grandes e verdes, de forma bicuda, que faz deste castelo um dos mais originais do nosso País.
De planta pentagonal, inicialmente o castelo tinha cinco torres, nos cinco ângulos, tendo como seu primeiro alcaide, o lendário cavaleiro D. Fuas Roupinho, que daqui partia para o combate contra os mouros. Após passar vários anos a ser danificado pelas investidas árabes, no reinado de D. Sancho I é reedificado, e começa a ganhar traços habitacionais. A partir de 1930 o Castelo começa a ser restaurado, sendo hoje um dos mais peculiares do país.
O Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros é um notável espaço natural privilegiado para a prática de desportos de Natureza.
Constituído pelas Serra de Aire e Candeeiros e o Planalto de St.º António, aqui se reune uma série de formações cársicas raras: algares, poljes, escarpas, campos de lapias, vales secos. Como principais pontos de visita apresentam-se as Salinas na zona de Rio Maior, as Grutas de Stº António, Alvados, Moeda e Mira de Aire, os Olhos de Água, Lagoas do Arrimal, Polje de Minde, a compartimentação da paisagem em muros de pedra solta, e a jazida paleontológica de pegadas de dinossáurios, na “Pedreira do Galinha”.
Floresta de pinheiro bravo começou a ser semeada no reinado de D. Afonso III, no século XIII posteriormente intensificado no reinado de D. Dinis – o rei Lavrador. Além de servir de barreira contra o avanço das areias, teve importância máxima na utilização das suas madeiras para a construção das embarcações que proporcionaram os Descobrimentos Marítimos Portugueses. Hoje em dia o Pinhal de Leira é local de eleição para lazer e contacto com a natureza.
Se gosta de desfrutar da natureza dando passeios a pé ou de bicicleta consulte aqui vários itinerários, na região, para dar os seus passeios. Pode ainda descarregar esses mesmos percursos em formato GPS.
A região possui um número elevado de praias pitorescas algumas mais cosmopolitas, outras com mais tradição.
A Praia do Pedrógão, tal como a Praia da Vieira, reflectem a antiga arte da pesca nos barcos típicos, ou nos próprios trajes das mulheres. Pranchas e velas cheias de brisa do mar, entre gotas de água e raios de sol completam a beleza destas praias.
S. Pedro de Moel abrigado numa concha de casario cheio de bom gosto e de ar aristocrático onde o surf que aqui é praticado durante todo o ano.
A mais típica praia de Portugal, junto ao imponente promontório do Sítio. A praia marcada pelo extenso areal confinado no Porto Piscatório, é no sentido prático uma imensa calçada onde as pessoas passeiam em íntimo contacto com o mar e com os habitantes da Nazaré. Em dias de muito calor pode renascer a antiga faina da arte xávega, com o mestre a chamar a companhia.
Já no concelho de Alcobaça surge S. Martinho do Porto, uma praia perfeita ao longo de uma baía deslumbrante em forma de concha com águas calmas e azuis, perfeitas para desportos náuticos e para as crianças.
Construído em 1928 com pedra calcária da Região, é formado pela Basílica e alas laterais. Considera-se o “Altar do Mundo”. Hoje o Santuário de Fátima acolhe em peregrinação e oração muitos milhares de crentes vindos de todo o mundo, sobretudo na Peregrinação anual de 13 de Maio e nos restantes dias 13 de cada mês, de Maio a Outubro.
O centro da actividade é para além da Capelinha das Aparições, a Basílica mede 70,50 metros de comprimento e 37 de largura. Tem 15 altares comemorativos dos 15 Mistérios do Rosário. Ainda no recinto do Santuário podemos ver a azinheira grande, debaixo da qual os Pastorinhos e os primeiros peregrinos esperavam e rezavam o terço antes de chegar Nossa Senhora, o monumento ao Sagrado Coração de Jesus, que se ergue no centro da praça, a cruz alta no topo sul do recinto.
O Sitio da Nazaré é, há já largos anos, muito procurado pelos peregrinos, que ali vão ver o sítio onde aconteceu o milagre com D. Fuas Roupinho que, prestes a cair do penhasco invocou N.ª Sr.ª da Nazaré.
Hoje é um monumento imponente, com duas torres altas, em que se destaca, no interior, o altar-mor composto por um retábulo de talha dourada, com colunas salomónicas e aplicações de mármore. Na boca da tribuna encontra-se uma grande pintura alusiva ao milagre do aparecimento de N.ª Sr.ª da Nazaré a D. Fuas Roupinho.
A peregrinação que sempre houve a este templo dotou-o de um recheio de ofertas de valor, que viriam a ser saqueadas na época das invasões francesas.